As medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue exige atenção redobrada devido ao cenário de pandemia da Covid-19, já que o risco de uma nova epidemia pode agravar o quadro de transmissão do novo Corona vírus.


Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, foram registrados 82.293 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 56.276 casos foram confirmados para a doença. Quanto aos óbitos, em 2020, foram confirmados 12 pelo agravo. Há outros 56 óbitos em investigação.

 

Já em Uberaba, de acordo com o último LIRAa, realizado em janeiro deste ano, o índice de infestação predial foi de 8,9%, o maior já registrado no município até então. Os dados chamam atenção para as ações de prevenção que cada morador deve adotar casa, tendo em vista a limitação do trabalho de combate realizado pelos agentes de endemias neste período de distanciamento social.

 

Para a médica infectologista Sílvia Fonseca (CRM/SP 47981), diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo RN SAÚDE, as medidas de prevenção e de combate ao mosquito transmissor são necessárias para evitar uma epidemia da doença, que possui condições de ocorrer em qualquer localidade. “O risco de termos uma epidemia de dengue sempre existe no Brasil. Temos quatro sorotipos diferentes de vírus da dengue e temos o mosquito transmissor em todas as cidades brasileiras”, ressalta a infectologista.

 

Ela afirma que um eventual cenário de epidemia da dengue pode agravar os casos de contaminação da Covid-19, já que facilitaria a transmissão, principalmente, pela aglomeração nos hospitais. “Se tivermos as duas epidemias juntas (dengue e Covid-19) haverá uma grande aglomeração de pessoas nas emergências, o que pode facilitar, inclusive, a transmissão de Covid-19 para quem lá estiver por causa de dengue”, comenta Sílvia.

 

A médica observa ainda que alguns sintomas são similares entre as duas doenças, mas que, diferente da dengue, os casos de desenvolvimento da Covid-19 são acompanhados de sintomas respiratórios. “Os sintomas são muito parecidos como febre, dor de cabeça, dor no corpo, mas a grande diferença é que a Covid-19 também tem sintomas respiratórios como coriza e tosse, o que não acontece com a dengue. É importante ressaltar que as duas doenças podem progredir para a morte, por isso, a detecção e o tratamento precoce podem ajudar a evitar enfermarias sobrecarregadas e casos graves”, conclui Silvia.

 

Fonte: g1.globo.com

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